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quarta-feira, 17 de outubro de 2018


CAPÍTULO ONZE

 

RADIO ESPÍRITO SANTO

Na radio oficial do Estado tivemos a oportunidade de trabalhar em duas ocasiões. Uma no governo Camata e outra no governo Zé Inácio.

 

FASE CAMATA

Assim que tomou posse, fui com Camata para o Palácio Anchieta. Uma semana depois ele me chama no gabinete e diz: “Preciso que você vá a um lugar resolver um problema”

Onde?, perguntei. Ele respondeu: “Na Radio Espírito Santo, vá limpar aquilo la da ARENA e conte com o apoio de Edgar Cabidelle (então Secretario de Comunicação) e Cesar Herkenhoff (Diretor do Secom)” Lá fui eu e encontrei uma pessoa que muito me ajudou nessa “limpeza”, Oswaldo Oleare.

 
Acertamos a programação, com plástica nova e a boa vontade de alguns, em seguida conseguimos voltar com a audiência boa da Radio ES, se bem que Jairo Maia tinha voltado para a emissora. Havia na radio uma boa e ativa equipe esportiva com Jorge Buery, Oscar Rocha Jr (Boquinha), Wilson Caulit (pole position), Horácio Carlos e outros.

 
Por outro lado a emissora disponibizava de elementos com alto nível profissional. Luís Carlos Peixoto, Otávio Lara, Jorge Groppo, Tolete e Ademir Barcelos. O jornalismo muito atuante. Trocava ideias com Danilo Souza. Gostava de lidar com o saudoso Cicinho. Ele sempre fiel. Era fácil coordenar uma radio com pessoas de qualidade.

 

FASE ZÉ INÁCIO

Certo dia fui chamado ao Palácio. Era Nunes – de boa memória – então secretario de comunicação, juntamente com Eustáquio Palhares e Joelson Fernandes. Pediram que eu assumisse novamente a Radio ES. E la fui eu. Nessa fase consegui implantar o sistema digital na radio ja que ainda era atraves de MD’s. O engenheiro Márcio Adriano foi fundamental nesta implantação. Os colegas também. Se adaptaram rapidamente e com muita boa vontade.

 

15 MINUTOS

Eu e Admir Barcelos (excelente editor) resolvemos criar e colocar no ar um programa que tinha duas musicas do passado e finalizava com uma história, dessas da internet. Fez muito sucesso, pois eu lia tais historias sob trilhas especiais, que davam ênfase a narração e emocionava quem ouvia. O programa 15 Minutos com JRM consolidou 100 edições. Depois, 2003, ele foi veiculado na FM Líder, sempre ao meio dia, marcando a audiência daquela emissora de Cariacica. Depois ainda na Radio América. Lá resolvemos inscrevê-lo no Microfone de Prata, premio dado aos melhores programas de conteúdo através da Rede Católica de Radio, que tem como cabeça de rede a lendária Radio Aparecida de São Paulo. Entre concorrentes de mais de 40 emissoras, o nosso veio como primeiro lugar.

Ainda hoje, quando continua despertando o interesse dos ouvintes que conseguiram grava-los É sinal que atingiu no âmago das pessoas. Foi feito para isso. Denominamos “comunicação psicológica”.

 

UMA FASE EM CAHOEIRO

Passado algum tempo e sempre tentado a novos desafios, recebi uma proposta de Idalecinho Carone me pedindo uma força lá em Cachoeiro, ja que havia recebido duas emissoras – que eram do Ferraço, uma AM e uma FM – para tocar. Fora essas, ele ainda tinha a responsabilidade sobre a ZYL-9 a Radio Cachoeiro. Fui passar seis meses em Cachoeiro de Itapemirim.       

 
Estruturamos a programação da FM de Cachoeiro. Me recordo que na equipe atuava Ted Conti (vindo de Muquí com o nome de João Batista) e Jota Erre, hoje renomado Pregador no Rio de Janeiro.

 
Um companheiro que esteve sempre ao meu lado nessa fase foi Elyan Pipico Peçanha, onde fomos cobrir a Exposição Agropecuária para a Radio AM. Eram vários patrocinadores. Mas nunca deixei de procurar um cara que era um ícone do radio chamado Cliveraldo Miranda. Ele era de minha época na Radio Cachoeiro.

 
Mas Cachoeiro era coisa do passado na historia que trilhava. Voltei para Vitoria, deixando tudo funcionando bem nas duas emissoras do Idalecinho. Foi uma boa aventura ao lado dele, gente boa demais.

 
TVE

Voltando á Vitoria, entrei para a TVE, pois não dava mais voltar para a Radio Espírito Santo, e com razão. A experiência curta na TVE foi apresentando o noticiário da tarde. Foi a primeira experiência com vídeo, apesar de ter aprendido muito sobre este veiculo quando estive nos Estados Unidos na imersão que fiz sobre radio e TV.

 
Estava sossegado exercendo minha missão na TVE quando fui chamado á Tribuna. Um dos diretores do grupo, de São Paulo, estava querendo falar comigo, era Sérgio Maçães. Queriam que eu voltasse, desta feita para a Radio AM, que tinha acabado de ser inaugurada, mas tinham certos problemas para conduzi-la.

 
TRIBUNA DE VOLTA

Senti que realmente meu trabalho no grupo não havia terminado com a saída da Tribuna FM. Estava enganado. Recebi o convite de Sergio Maçães para voltar. Mauricio Prates, então diretor geral da Tribuna na época. Passei a gravar para a FM e dirigir a AM com carta branca em termos de programação. Zé Lopez estava como gerente comercial, assessorado por Álvaro Moura

 
Com a ajuda de Luís Claudio Casado, que colocou a gravadora Continental a nossa disposição, fizemos uma coisa inédita no radio (mais uma). O sertaneja estava começando com força e tinha uns bregas também fazendo sucesso. Nascia o BregaNejo.

 
Em uma reunião na Tribuna, pedi que me liberassem a radio a tocar esse tipo de musica em um fim de semana. Mesmo desconfiados, a direção liberou. Álvaro Nazareth, então diretor comercial era o mais cético. Na segunda-feira mostrei o volume absurdo de ligação telefônica e assim deixaram eu fazer TODA a programação da AM “breganeja”!  Resultado: Fomos para o primeiro lugar do IBOPE em um mês. Tiramos o IBOPE da rádio Espírito Santo, que nós próprios havíamos preparado para ser líder. Não era mais.

 
Nesta época a Tribuna AM tinha Ângelo Ribeiro. Guto - O Herói do Sertão, Monica Blancher, Nero Neto e Aloisio Ovelha. Ao meio dia um programa policial com  Renato Paolielo, Pedro Maia e Celeste Fransceschi, “emprestados” pela TV Tribuna

 
Jose Henrique Pinto era operador da radio, ja que tinha saído da Capixaba. Ah! Tinha também Samuel Elói, o primeiro e único operador de áudio a ter vinheta com seu nome, já que isso era só para apresentadores.


Esporadicamente a radio transmitia futebol, somente quando Ângelo Ribeiro vendia algum patrocínio. Então ele chamava uns colegas de fora para a transmissão. Álvaro Moura fazia parte também do esporte da emissora. Álvaro viria a trabalhar na Gazeta, ajudando Café Lindemberg que havia assumido a direção de rádios da empresa (Gazeta AM e Gazeta FM)

Falando em pessoal competente, Nero Neto (Netinho) hoje mora no Rio de Janeiro e montou uma radio web desfrutando de bastante sucesso lá e em alguns outros Estados. A RadioNero.

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