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segunda-feira, 15 de outubro de 2018


CAPÍTULO VINTE DOIS

 

 MEMÓRIAS PESSOAIS

A proposta era somente falar sobre meu trabalho no radio, mas não poderíamos deixar de registrar bons momentos fora dele, com os amigos, com a faculdade, com o trabalho político e com a experiência digital

UNIVERSIDADE

Somos formados em Administração pela UFES, turma ano 76. Uma turma boa, tanto os colegas como os professores. Lembro bem de colegas inseparáveis; Ruth Storch, Evandro Damasceno, Jair Biccas, Edmara Lucia, Luciana Dantas, Otacilinho Coser.

Professores como Stélio Dias, Manoel Vereza, Ali da Silva, Mario Herkenhoff, Marcelo Basílio, José Vieira Coelho, entre outros

 

LOJAS HELAL

 

Paralelo ao rádio, tivemos uma passagem nas Lojas Helal, na época a principal loja de departamentos da capital. Eles abriram uma pequena loja nos fundos, onde se comercializava discos e motocicletas, gerenciada por Zaki Helal, que mais tarde, junto com o cunhado Paulo Cesar Tomazzi, criaram a Helal Motor Racing (HMR) na Av. Vitoria.

 

Lembro-me de um fato marcante nessa época. Estava na Radio Capixaba e nas Lojas Helal. Paulo Cesar, que já mexia com motores de carros, sempre ia correr em São Paulo em nome da HMR. Ganhava sempre.

 

Havia conseguido junto a Zaki e Paulo que fosse estampado o nome Radio Capixaba ES no vidro dianteiro do possante Passat de Paulo. Assim o fizeram. Uma vez, pronto para correr, já na pole como sempre, alguém por lá perguntou a Paulo: “ué, você é patrocinado por uma radio?” Resposta imediata de Paulo Cesar: “ Sim, sou, é para narrar todos aqueles que vem atrás de mim”. Pronto, calou o individuo e foi primeiro mais uma vez.

Paulo Cesar Tomazzi foi um dos maiores pilotos do Espírito Santo e do Brasil.

 

ESCELSA

 

Uma grande amiga e vizinha, que trabalhava na Escelsa, sabedora que eu acabara de me formar na UFES e que trabalhava em comunicação, indicou meu nome para compor a equipe da Assessoria de Comunicação da Escelsa.

 

Marcos Conde, profissional da área, veio especialmente da Eletrobrás com esse intuito. A nossa secretária chamava-se Marinete Silvestri, muito eficiente. O jornalista João Barbirato era o responsável por tudo que se relacionava com imprensa e eu com o corporativo.

 

João Barbirato foi inesquecível. Já veterano, trabalhava a noite na Gazeta. O prédio Galerão era parede com parede com a Gazeta na Gal Osório, no centro da cidade. Muito sarcástico Barbirato tinha um humor negro. Foi com ele que aprendi que esses jornaizinhos de empresa, boletins, etc não valiam nada.

 

Ele dizia: “Zé, sabe o que fazemos com esse monte de jornais-boletins que chegam la redação da Gazeta? A gente treina basquete sem nem olhar. Vão diretos para a cesta de lixo”. Desse dia em diante lembro-me dele toda vez que vejo ou recebo esse tipo de comunicação impressa.

 

POLÍTICA

 

Um período ao lado de políticos. Começou com Ruy Crespo. Por ser bastante popular como apresentador de jornal da TV Gazeta, Ruizinho se tornou vereador. Trabalhamos juntos em seu gabinete no Palácio Bebeto Campos Viváqua. Posteriormente fizemos uma grande e cansativa campanha para deputado estadual. Só que Ruy não conseguiu se eleger. Mas foi igualmente enriquecedora

 

Mônica, devido a grande amizade, veio a ser assessora da deputada Rose de Freitas, então cumprindo mandato federal em Brasília. Os finais de semana eram com as famílias juntas, desde época de Huguinho Borges. Ouvi muitas conversas dela com políticos, vi muitos deles em sua casa em Vitoria, vi muitos esquemas de Huguinho.

 

Estive em Brasília algumas vezes e a acompanhei em suas andanças pelos corredores da Câmara e do Senado. Presenciei inúmeras vezes o relacionamento dela com seus pares. Sempre foi muito ouvida e respeitada. Aprendi os meandros da política caminhando com ela. Tanto por parte da família de Huguinho, como da dela, sempre fui bem recebido, principalmente pelos irmãos da deputada, atualmente senadora.

 

SÉCULO DIÁRIO

 

Por volta de 2004, em um intervalo sem emprego, o jornalista Rogério Medeiros me encontra e diz que poderia me ajudar que eu poderia escrever sobre comunicação no seu Século Diário. Que ali poderia ser uma vitrine. Aceitei com prazer e temeroso ao mesmo tempo. Atuar onde escrevia nomes como o dele, José Maria Batista, Stenka do Amaral, Ubevalter Coimbra, Sebastião Neri e outros, não era fácil.

 

Dias depois surgia o convite da Radio America. Para mim o Século Diário foi e é uma eterna vitrine. Outro fato importantíssimo foi que o Século transmitiu por uns tempos a Radio Século, uma radioweb criada por mim, Américo Rocha (Grão Mestre) e Jose Maria Gaudio. Mas foi por pouco tempo.

 

Agora a chance de publicar essas memórias através deste site. Do jeito digital, fácil de ler e através deste enorme numero de acesso. Agradeço a Rogério Medeiros por tudo, desde dia que ele parou seu fusquinha na calçada em que eu estava, prestando-me solidariedade profissional, coisa de 30 anos atrás.

 

Muito Obrigado

Um comentário:

  1. Adorei e viajei no tempo com as narrativas José Roberto. Sou aficionado noite Rádio e Tv. Todas as histórias das nossas rádios acompanhei e foi muito prazeroso conhecer e descobrir as nuances dia bastidores cadê rádios, desde a sua montagem até o sucesso obtido junto ao público. Sou um pouquinho mais novo do que você. Mas sempre acompanhei o seu belo trabalho no jornalismo, tv e rádios capixabas. Parabéns você foi Baluarte! Grandes recordações viajei no tempo com tantas histórias incríveis. Você merece um prêmio por sua história. Pena que o Estado talvez ainda não tenha dado a você este reconhecimento. Forte abraço, Deus te proteja e abençoe muitíssimo! Jorge Luiz Coutinho Rocha jorge.mamaum@gmail.com. Tenho também páginas no Facebook e Instagram. Por fim não consigo me lembrar o nome da banda de rock e da música que era o prefixo vida Rádio Capixaba. Se puder me ajudar ficarei agradecido!

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