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quarta-feira, 17 de outubro de 2018


CAPÍTULO QUATORZE

 
DE VOLTA AO BRASIL – GAZETA

Um dia, em New York, recebemos um telefonema do Brasil. Era de Jairo Maia dizendo que a Gazeta (Aurelice Aguiar) queria falar comigo. Ao telefone Aurê disse: Não vai voltar? Eu disse que poderia....mas não queria, mas que iria pensar

Ao mesmo tempo, Rose de Freitas liga para Monica. Ela estava se lançando candidata ao Governo do Estado e queria que Monica viesse ao Brasil ajuda-la na campanha. Juntou o útil ao agradável. Voltamos, sendo que os filhos continuaram estudando lá, junto com os avós e tias.

 
METROPOLE E AS RADIOS DE PAULO GAVA

Chegando fui para a Metrópole FM. A Gazeta havia arrendado de Ferraço (pai) a antiga Cidade. Enquanto isso, com Aurê e Cafe no comando, se negociava a vinda das rádios de Paulo Gava para o Sistema Gazeta. Essas rádios eram aquelas que coube a Paulo Gava, da sociedade que ele tinha com Pedro Ceolin. Eram a Antena 1, Litoral e depois a CBN.

Na Metrópole fizemos um bom trabalho. Tinha uma equipe de primeira linha, Wolney Rocha, Luizão Silva, Ted Conti, Juninho Megahertz, Patrícia Valim e Simone Devens. Alexandre, meu primo tinha acabado de sair da programação musical e entrando Fernanda Queiroz.

A radio ja estava “pegando” entre os ouvintes classe AB, quando Ferraço recebe proposta dos adventistas para adquirir a emissora. Então ele oferece a Gazeta, que não compra, não houve acordo. Então ela é vendida para os adventistas. Era para abrigar a Novo Tempo FM. E lá se foi o projeto Metrópole de água abaixo.

Na Gazeta, chegavam as rádios de Paulo Gava. Com elas, alguns funcionários, incorporados á Gazeta, dentre eles, Ricardo Garcia, um dos melhores profissionais que eu vi trabalhando. Era editor, dos bons. Nessa fase outro editor fenomenal passou pela Gazeta também, André Monjardim. Ambos dispõe de meus respeitos profissionais.

 
CBN E LITORAL

Nesta fase, cuidamos do primeiro lugar da AM, ajudamos a montar a CBN e ajudamos também a montar a nova equipe da Litoral. A Antena 1 não dava trabalho, pois era apenas um receptor de satélite na área técnica da Gazeta. O comando era de Paulo Canno, profissional dos mais notáveis

Um nome que me impressionava pela sua aptidão técnica, era Carlos Benfica, o Carlinhos Gambi.  Elemento de bom caráter, autodidata, atencioso e competente. Gostava demais de trabalhar com ele.

 
AURELICE AGUIAR LINDEMBERG

Compartilhamos com as atividades de Aurelice Aguiar á frente das rádios, como vimos também seu afastamento da empresa. Foram momentos tensos.

Continuamos na Gazeta ate por volta de 2000. Ai entra meu segundo lapso na carreira profissional. Aceitei um convite para voltar a Tropical FM

Deixei a Gazeta inclusive a contragosto de Jairo Maia.  Sabia que a emissora, mesmo sem a minha presença, continuaria em primeiro lugar no Ibope. A estrutura que ajudamos a construir era sólida. Sabia tambem que se Jairo saisse de lá, a radio não seria mais a mesma, como não está sendo hoje. Não trataram Jairo Maia com dignidade profissional como ele merecia. Foi a mágoa grande dele.

 
GAZETA AM E JOVEM PAN  (CASOS)

REGINALDO SILVA

Assim que voltei dos Estados Unidos, tive de “encarar” alguns fatos inusitados e preocupantes na Gazeta. Um deles, foi ter que demitir (á contragosto) Reginaldo Silva. Apesar de uma conversa triste, ele aceitou numa boa.

 
MÔNICA -  A “FUJONA”

A outra, foi um dia que Mônica Camilo sumiu. Ela, novinha de idade e de trabalho, era do quadro da “nova” Jovem Pan. Uma noite, ligaram para casa e disseram que Mônica não tinha ido trabalhar, que tinha sumido. Lá em casa todos se preocupam e eu também. Depois de muitas buscas soubemos que ela tinha ido passar a noite na casa de uma amiga recente. Desde daquela época Mônica ja “causava”
 
HECKEL LOUREIRO
Assim que voltei dos Estados Unidos em 1994, a gente da Gazeta, comparecia muito na casa de shows PlayMen em Santa Lucia, Vitoria. A gente ia curtir e apoiar Carlinhos Gambi. Comia pipoca e via as apresentações das meninas. A galera ja era conhecida por lá. O gerente ja mandava fazer pipoca de graça para gente. No Natal daquele ano, resolvemos retribuir a fidalguia da famosa casa. Pegamos o Herckel Loureiro, na época acima do peso, o vestimos de Papai Noel e la foi ele com um saco nas costas e fazendo o HO HO HO. Foi o maior sucesso! Hoje, regenerado, ele se refere a isso com “episodio bíblico”. Virou até atleta ciclista!
 

RECUSA
 
Saí da Gazeta duas vezes. Em ambas Café Lindemberg me solicitou que eu pensasse bem no que estava fazendo. Na primeira, argumentei que precisava ir com a família para os Estados Unidos, pois havia chance de trabalhar na na Voz da América. Ele ponderou que eu estava dando certo ali e que ele tinha planos para o futuro. Isso foi em 89. Mas fui assim mesmo.
 
Na segunda vez, achei que estava fazendo um grande negócio indo para a Tropical (segunda vez) e novamente Café e Aurê pediram para eu ponderar, ja que tinha chegado dos Estados Unidos e a Gazeta estava incorporando as rádios de Paulo Gava. Fui de novo.
 
Um dia procurei  Café (pessoa altamente educada e solícita) e falei que gostaria de voltar e que desta feita iria ficar de vez. Café sorriu, me qualificou e mesmo assim disse: “ a terceira não, Zé”. E eu não voltei!

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