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quinta-feira, 18 de outubro de 2018


CAPÍTULO UM

 

IMPRESSÕES SOBRE O RÁDIO

Nestes 50 anos minha convivência com o radio tem muitos significados, que vão desde aprendizado, decepções, vitórias, incompreensão, mágoas, realizações. Apesar de tudo, não me lembro de ter tido um dia em que fui trabalhar triste ou contrariado. Não me arrependo de nada neste longo período.

 
Trabalho em um tipo de veículo de comunicação que sobreviveu as mais diversas tentativas de modernização tecnológicas, ameaças que começaram com a televisão e chegou á Internet.

 
Na Internet o radio teve um alongamento de suas atividades. Arrisco a dizer que um nasceu para o outro e o futuro do radio fica sem limites com o advento da web.

 
Sempre tive uma dúvida de quem foi o inventor do radio. Os americanos dizem que foi Thomas Edison, os Italianos falam em Guglielmo Marconi e os brasileiros dão a patente ao Padre Landell de Moura. O padre gaucho fez a primeira transmissão no Brasil.

 
Uma coisa que prezo é a comemoração do Dia do Radialista. Sempre foi comemorado no dia 21 de setembro. Agora tem duas datas para se comemorar, a do dia 21 e a do dia 07 de novembro. Isso desnorteia os profissionais, que ficam sem saber qual a data verdadeira do seu dia.

 
Aos poucos o radio vai perdendo a sua real função que é de Instruir, Divertir e Informar, o tripé que norteia toda e qualquer programação. Mas hoje o radio não instrui, a sua diversão é duvidosa e a informação ultrapassada, apesar de ser o veiculo mais rápido, mas que vai perdendo essa prerrogativa.

 

Sempre quis trabalhar tendo um líder, uma pessoa com quem eu pudesse me espelhar. Apesar de ter dois veteranos do setor e aprender com eles a essência (Jose Américo e Geraldo Sobroza), tive que trilhar grande parte da carreira tendo que aprender sozinho.

 

Uma vez, ainda em Cachoeiro, ouvi uma cara falando numa radio de São Paulo. Aquilo me fez ficar estático ouvindo aquela voz, aquelas palavras, aquelas musicas, aquelas versões. Hélio Ribeiro passou a ser meu norte na profissão. Baseava-me em tudo que ele fazia, ate como gerenciava radio e, lógico, falar ao microfone.

 

Os principais momentos da carreira foram nos bastidores, dirigindo, montando radio e para isso ajudou muito o curso de Administração pela UFES porque havia momentos que tinha de empregar no radio esse conhecimento adquirido nos bancos da faculdade. Elegi meu ídolo na administração: O americano Peter Drucker professor e consultor administrativo.
                                                                                                              

No radio ou você é primeiro lugar de audiência ou não é nada. Não existe segundo lugar, não adianta ser um SBT ou Record da televisão, eternos vice campões de audiência. Nessa condição de vice, além da audiência esfacelada, a verba também é fracionada.

 

 

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