CAPÍTULO
VINTE DOIS
A proposta era somente falar sobre meu trabalho no radio,
mas não poderíamos deixar de registrar bons momentos fora dele, com os amigos,
com a faculdade, com o trabalho político e com a experiência digital
UNIVERSIDADE
Somos formados em Administração pela UFES, turma ano 76.
Uma turma boa, tanto os colegas como os professores. Lembro bem de colegas
inseparáveis; Ruth Storch, Evandro Damasceno, Jair Biccas, Edmara Lucia,
Luciana Dantas, Otacilinho Coser.
Professores como Stélio Dias, Manoel Vereza, Ali da
Silva, Mario Herkenhoff, Marcelo Basílio, José Vieira Coelho, entre outros
LOJAS HELAL
Paralelo ao rádio,
tivemos uma passagem nas Lojas Helal, na época a principal loja de
departamentos da capital. Eles abriram uma pequena loja nos fundos, onde se
comercializava discos e motocicletas, gerenciada por Zaki Helal, que mais
tarde, junto com o cunhado Paulo Cesar Tomazzi, criaram a Helal Motor Racing
(HMR) na Av. Vitoria.
Lembro-me de um
fato marcante nessa época. Estava na Radio Capixaba e nas Lojas Helal. Paulo
Cesar, que já mexia com motores de carros, sempre ia correr em São Paulo em
nome da HMR. Ganhava sempre.
Havia conseguido
junto a Zaki e Paulo que fosse estampado o nome Radio Capixaba ES no vidro
dianteiro do possante Passat de Paulo. Assim o fizeram. Uma vez, pronto para
correr, já na pole como sempre, alguém por lá perguntou a Paulo: “ué, você é
patrocinado por uma radio?” Resposta imediata de Paulo Cesar: “ Sim, sou, é
para narrar todos aqueles que vem atrás de mim”. Pronto, calou o individuo e
foi primeiro mais uma vez.
Paulo Cesar Tomazzi
foi um dos maiores pilotos do Espírito Santo e do Brasil.
ESCELSA
Uma grande amiga e
vizinha, que trabalhava na Escelsa, sabedora que eu acabara de me formar na
UFES e que trabalhava em comunicação, indicou meu nome para compor a equipe da Assessoria
de Comunicação da Escelsa.
Marcos Conde,
profissional da área, veio especialmente da Eletrobrás com esse intuito. A
nossa secretária chamava-se Marinete Silvestri, muito eficiente. O jornalista
João Barbirato era o responsável por tudo que se relacionava com imprensa e eu
com o corporativo.
João Barbirato foi
inesquecível. Já veterano, trabalhava a noite na Gazeta. O prédio Galerão era
parede com parede com a Gazeta na Gal Osório, no centro da cidade. Muito
sarcástico Barbirato tinha um humor negro. Foi com ele que aprendi que esses
jornaizinhos de empresa, boletins, etc não valiam nada.
Ele dizia: “Zé,
sabe o que fazemos com esse monte de jornais-boletins que chegam la redação da
Gazeta? A gente treina basquete sem nem olhar. Vão diretos para a cesta de
lixo”. Desse dia em diante lembro-me dele toda vez que vejo ou recebo esse tipo
de comunicação impressa.
POLÍTICA
Um período ao lado
de políticos. Começou com Ruy Crespo. Por ser bastante popular como
apresentador de jornal da TV Gazeta, Ruizinho se tornou vereador. Trabalhamos
juntos em seu gabinete no Palácio Bebeto Campos Viváqua. Posteriormente fizemos
uma grande e cansativa campanha para deputado estadual. Só que Ruy não
conseguiu se eleger. Mas foi igualmente enriquecedora
Mônica, devido a
grande amizade, veio a ser assessora da deputada Rose de Freitas, então
cumprindo mandato federal em Brasília. Os finais de semana eram com as famílias
juntas, desde época de Huguinho Borges. Ouvi muitas conversas dela com
políticos, vi muitos deles em sua casa em Vitoria, vi muitos esquemas de
Huguinho.
Estive em Brasília
algumas vezes e a acompanhei em suas andanças pelos corredores da Câmara e do
Senado. Presenciei inúmeras vezes o relacionamento dela com seus pares. Sempre
foi muito ouvida e respeitada. Aprendi os meandros da política caminhando com
ela. Tanto por parte da família de Huguinho, como da dela, sempre fui bem
recebido, principalmente pelos irmãos da deputada, atualmente senadora.
SÉCULO DIÁRIO
Por volta de 2004,
em um intervalo sem emprego, o jornalista Rogério Medeiros me encontra e diz
que poderia me ajudar que eu poderia escrever sobre comunicação no seu Século
Diário. Que ali poderia ser uma vitrine. Aceitei com prazer e temeroso ao mesmo
tempo. Atuar onde escrevia nomes como o dele, José Maria Batista, Stenka do Amaral,
Ubevalter Coimbra, Sebastião Neri e outros, não era fácil.
Dias depois surgia
o convite da Radio America. Para mim o Século Diário foi e é uma eterna
vitrine. Outro fato importantíssimo foi que o Século transmitiu por uns tempos
a Radio Século, uma radioweb criada por mim, Américo Rocha (Grão Mestre) e Jose
Maria Gaudio. Mas foi por pouco tempo.
Agora a chance de
publicar essas memórias através deste site. Do jeito digital, fácil de ler e
através deste enorme numero de acesso. Agradeço a Rogério Medeiros por tudo,
desde dia que ele parou seu fusquinha na calçada em que eu estava, prestando-me
solidariedade profissional, coisa de 30 anos atrás.
Muito Obrigado
Adorei e viajei no tempo com as narrativas José Roberto. Sou aficionado noite Rádio e Tv. Todas as histórias das nossas rádios acompanhei e foi muito prazeroso conhecer e descobrir as nuances dia bastidores cadê rádios, desde a sua montagem até o sucesso obtido junto ao público. Sou um pouquinho mais novo do que você. Mas sempre acompanhei o seu belo trabalho no jornalismo, tv e rádios capixabas. Parabéns você foi Baluarte! Grandes recordações viajei no tempo com tantas histórias incríveis. Você merece um prêmio por sua história. Pena que o Estado talvez ainda não tenha dado a você este reconhecimento. Forte abraço, Deus te proteja e abençoe muitíssimo! Jorge Luiz Coutinho Rocha jorge.mamaum@gmail.com. Tenho também páginas no Facebook e Instagram. Por fim não consigo me lembrar o nome da banda de rock e da música que era o prefixo vida Rádio Capixaba. Se puder me ajudar ficarei agradecido!
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