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quinta-feira, 18 de outubro de 2018


CAPÍTULO SETE

 

FASE  ESCELSA E RÁDIO CAPIXAPA DE HUGO BORGES

Recém formado na UFES e continuando a trabalhar na Capixaba de Jairo Maia, surgiu a chance de fazer uma coisa que não seria radio, mas que se aproximava disso: Trabalhar na Assessoria de Comunicação da Escelsa.

 
Com indicação de uma grande amiga, fui aceito lá. A Eletrobrás tinha enviado um funcionário especializado para montar a equipe de comunicação da empresa. Marcos Conde era o nome dele. Uma equipe foi formada com o jornalista João Barbirato, eu, a secretaria Marinetti Silvestri e ele, Marcos Conde.

 
Fiquei ali por uns três anos trabalhando (de terno) e fazendo boas amizades. O prédio da Escelsa era no Ed.Galerão, ao lado do prédio da Gazeta na Gal Osorio, no centro. Aprendi muito, aprendi outras coisas inerentes.

 
Tinha uma pessoa do alto escalão da Escelsa que era fan de nosso trabalho na Assessoria. Mário Petrocchi de Oliveira,  que um dia veio a comandar esse setor.

 

VLADIMIR GODOY NA HISTORIA

A TV Gazeta, recém inaugurada, arriscava fazer uns comerciais lá. Lembro que me escolheram para fazer o comercial da própria Escelsa. Depois apareceu um da Lima&Lima Corretora. Recordo que este foi em branco e preto. Em todos eu figurava de terno (talvez por que me viam assim, já que eram vizinhos)

 
Naquela ocasião a Gazeta procurava por um apresentador. Iria estrear o jornal da emissora. Wladimir Godoy tinha vindo da Globo para montar o jornalismo. Fui chamado por ele. La chegando, depois de alguma conversa ele disse que eu poderia ser aproveitado se fizesse o teste. Se desse certo seria eu o primeiro apresentador do jornal televisivo. Fiz o texto e deu certo. Mas o seríssimo Wladimir me pediu para raspar o bigode (usava um vasto na época).

 
Novo e inexperiente eu disse que não tiraria nunca. Consequência: apareceu o colega Enock Borges e foi escolhido, Depois veio a dupla Rui Crespo e Maura Miranda.

 

CAPIXABA DE HUGO BORGES

Nesse interim, Jairo decepcionado com a Radio Capixaba, fez negócio com o velho Hugo Borges, que era radialista, além de politico. A Radio foi parar nas mãos de Huguinho, seu filho, de boa memória.

 
Como eu estava na Escelsa, Huguinho entrou em contato comigo falando precisar de meus préstimos e ajuda-lo a dirigir a emissora. Ponderei que não dava e a resposta dele foi a seguinte: Dirige a radio daí e venha aqui no final do dia. Topei e deu certo…

 
Querendo fazer uma radio bem noticiosa, Huguinho convidou algumas pessoas para trabalhar. Entre elas a jornalista Dalva Ramaldes e Rose de Freitas. Esta ultima para fazer um programa, Sala do Povo, já visando a politica tendo Huguinho como mentor.

 
Lembro bem da galera dessa outra Capixaba: Tinha Miguel Roldan, que apareceu na Audiomax de Eurídice Gagno, sedo que Huguinho levou para a Capixaba. Tinha Romário Vanderlei, Geraldo Sobroza, Solange Bermudes e Cavatti. Esse era o pessoal da retaguarda. Os do front continuavam os mesmos.

 
CONGRESSO EM CAXIAS DO SUL

Essa vale registro.

Iria ter um Congresso de Radio da ABERT em Caxias do Sul. Cavatti, mesmo sem saber o significado de um congresso desse quilate, comentava com Huguinho sobre. Dai apareci na sala. Huguinho me encarando disse: Você gostaria de representar a radio Capixaba em Caxias do Sul? Disse que sim. Ele retrucou, mas vocês dois podem ir, desde que apresentem uma tese.

 

A TESE E A REPERCUSSÃO

A tese que levei e defendi era simples. A criação de RadioEscolas no Brasil. Elas ensinariam o radio prático e não teórico, através de profissionais capazes em cada setor do país, norte, sul, oeste. Seriam mantidas pelo governo através dos Ministérios da Comunicação e da Educação.

 
O MiniCom supervisionaria as rádios e o Mec filtraria os alunos nas faculdades convencionais e posteriormente os enviaria para as RadioEscolas. Lógico, aqueles que gostariam de fazer radio.

 
Lá em Caxias, ao ser apresentado em plenário, ganhou louvores der todos os presentes, ao ponto da imprensa que cobria o evento vir questionar e saber mais amiúde detalhes do projeto. Foi a tese mais interessante do referido congresso, segundo se soube

 
A Abert pegou a tese para elaborar estudos e viabilizar o projeto. Mas perdi o contato e nunca mais soube dele. Vi que um politico criou um semelhante no norte do país, talvez baseado nesse nosso RadioEscola

 
Admirava Huguinho Borges por esses ímpetos.

 

TELEVISÕES NA RUA

Lembro um fato criado por ele. Na copa de 1978 Huguinho vendeu uma ideia para os patrocinadores. Colocar aparelhos de TV’s nas principais praças de Vitória para o povo ver os jogos da Copa. O som da narração seria da Capixaba. Ele Colocou, mas não deu muito certo pois os jogos eram a tarde e a luminosidade atrapalhava a visão da galera. Detalhe: Naquela época não existiam telões.

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